quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Oktoberfest, ai vamos nós!



Essa foto acima é dos alunos do primeiro ano da école. Legal, né?

Mais uma vez sem postar por uma semana.
Meus dias aqui são muito corridos, e vai continuar assim por mais tempo do que eu esperava.

Devido à greve generalizada para impedir o aumento em dois anos da idade de aposentadoria, partirei hoje, quarta-feira, para Paris, onde dormirei e aguardarei a hora de pegar o trem, pela manhã.
Aqui é normal esse tipo de greve, e eu até admiro a iniciativa dos trabalhadores.
O foda é que, de quebra, anunciaram a lei que proibia a burca, e os mulçumanos enlouqueceram. A ameaça de atentado terrorista é constante, e eu voto que a Techno Parade, no sábado, é um ótimo lugar alvo.
Sinceramente, eu não quero estar desrespeitando ninguém, mas os imigrantes islâmicos são responsáveis por todos os crimes da cidade, é estatística, além de arrumarem confusão com todo mundo no meio da rua. Na Alemanha é do mesmo jeito. Depois não entendem as leis que tentam expulsá-los. Lamentável!

Não vou fazer uma descrição detalhada dos últimos dias, porque nesse momento estou meio apressado para organizar minhas coisas para a Oktoberfest.
Enfim, a cidade luz tem me iluminado cada dia mais. Acabou aquela melancolia patética que me perseguia em Vichy. Voltei a ser eu mesmo. Agora eu estudo o que gosto, moro com pessoas legais e moro em uma cidade gigantesca, que me propociona o que eu quero na hora que eu quero.
Deixo abaixo alguns pontos fortes dos últimos dias.

- Na quinta-feira passada, comprei um celular barato, daqueles de 25 euros, para substituir o meu, enquanto não resolvo seu problema (que vai custar 145 euros). Meu número é o mesmo: 06 72 97 32 10. O código da França é 33. De quebra, comprei um telefone fixo também. Tem que ligar para 01 46 83 70 00, e digitar 22014 quando a gravação começar.

- Ainda na quinta, sai à noite, e foi bem legal. Comecei a me acostumar com a vida noturna de Paris. É bem diferente de Fortaleza, mas é bem dinâmica também.

- Na sexta-feira, passei o dia resolvendo coisas e tendo aulas. No fim das contas, fiquei em casa conversando com o pessoal. Estava realmente cansado do dia anterior.
Fui no Ofício de Imigração resolver um problema, e almocei em um restaurante chinês, que saiu realmente em conta. Paguei 10 euros para comer à vontade. Estava com saudade desse esquema de rodízio. kkk

- De sexta para sábado, tive uma dor de ouvido insuportável, que me rendeu algumas horas acordado. Ainda bem que ela se foi da mesma forma repentina com que veio.

- No sábado, almocei no KFC e fui à Pigalle, um bairro de Paris que tem váárias lojas de música, e comprei meu ampificador, cordas para a guitarra e um cabo. Já não era mais tempo! Três meses sem tocar guitarra foram uma tortura. Passei o resto do dia tocando, quando cheguei.

- Ainda no sábado, fui com o Fetter e o Acahuã para Paris. No inicio, a idéia era ir para um bar australiano com os franceses do meu andar, mas encontramos amigos ingleses, alemães, austriacos, espanhóis e italianos indo para uma festinha em um barco, no Sena. Acabamos indo, e foi bem legal.

- No domingo, acordei na hora do churrasco do Clube Brasil, aqui na école. Rolou a cerimônia de "parrainage", onde cada novato tem um padrinho veterano, e descobri que minha madrinha é a Juliana, que é do mesmo andar que eu. Foi justo, partindo do principio que todo dia ela me quebra um galho diferente aqui. kkk
Foi realmente muito bom comer carne de verdade, comer pão-de-alho e beber cerveja gelada. Nota 10 pra iniciativa dos nossos veteranos.
Passei o resto do dia tocando guitarra.

- Na segunda, aulas e problemas o dia todo. Tudo na França é burocrático. Isso realmente me lembra o Brasil. Lavei roupa pela primeira vez em Paris, e garanto que eu detesto fazer isso com todas as minhas forças. À noite, fui à NEB, bar da faculdade, tomar umas cervejas e discutir as coisas da viagem.

- Na terça, ontem, mais aulas, mais problemas (acredite, os primeiros dias aqui envolvem muitas coisas à se resolver) e muito tempo tocando guitarra. Já estou com 80% da forma. Tirei "ACDC - Highway to Hell", à pedidos, lembrei como tocar algumas músicas e recomecei a aprender "Yngwie Malmsteen - Arpeggios from Hell". Rolou à noite a última (e única séria) reunião da galera que vai para a Oktober. Resolvemos tudo, voltei pro quarto, e dormi.

- Hoje, quarta, só tenho resolvido coisas para a viagem. Nesse exato momento, estou arrumando minhas coisas.

Enfim, é isso.
Desejem boa sorte pra mim em Munich!
Volto à postar segunda-feira, caso vivo e disposto.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dia-a-dia tenso/intenso!

(Segundo post consecutivo sem fotos. Quanto menos turista eu me torno, mais raro se torna eu ter a paciência de levar a câmera para todo lugar).

Ontem à noite, quarta-feira, pedi pizza e fiz algumas obrigações. O Domino's pizza, que infelizmente não existe mais em Fortaleza, entrega na porta do quarto, e sai bem barato.

Acordei muito cedo hoje, quinta-feira, visando entregar os dossiês de dispensa de disciplina aqui na école.
Como tudo na França, houve mais burocracia do que eu imaginava, e passei minha manhã alternando entre uma palestra (sobre Energia, que é um dos possíveis temas do Enjeux, projeto realizado pelos alunos de primeiro) e um "bureau" (escritório) da école.
O interessante dessas palestras é que são dadas por ex-alunos bem conceituados. Um ex-prefeito de Paris, um diretor chefe da SNCF (compania de trem da França), entre vários outros.
Quanto aos dossiês, resta aguardar, mas não estou realmente otimista. Com muita sorte, dispenso alguma coisa, o que vai me dar tempo livre para estudar as outras matérias.

Tendo terminado minhas obrigações, almocei com os brasileiros no RU e vim em casa pegar minhas coisas.
Fui no banco resolver mais coisas, que por sinal não deram certo.
Em seguida, comprei um celular vagabundo, para utilizar enquanto não concerto o meu. O concerto vai ser caro, e eu não quero mais ficar pagando a conta sem usar. Não vou ter GPS, 3G, nem os mil outros aplicativos, mas é melhor do que nada. Gostaria de lembrá-los que meu número é: 06 72 97 32 10. Tudo bem que eu só me comunico com o Brasil por internet, mas em caso de urgência, já sabem.

Fui ao Auchan, o super-hiper-mega-ultra-mercado, e comprei algumas coisas que me faltavam. Comida para pelo menos uma semana (incrivelmente saudável, o que impressiona até a mim mesmo), um telefone fixo, toalhas, entre outras besteiras.

Agora, nesse exato momento, resolvo mais e mais coisas.
A vida de estudante estrangeiro aqui na França é bem burocrática, mas tem suas (várias) vantagens.

Ontem à noite, enquanto comia pizza, discuti com brasileiros qual vai a viagem de Outubro, já que temos mais de uma semana de "férias". Ao que tudo indica, vai rolar um mochilão no Reino Unido, e vai ser bem barato. Ryanair e Easyjet foram as melhores invenções da história. Vamos fazer Dublin, Glasgow, Edimburgo, Liverpool e Londres. Não tem nada certo, mas é bem provável que dê.

No mais, uma semana para a Oktoberfest. :)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

WEI

Na quinta-feira, acordei tarde, almocei (fiz Ravioli à Bolonhesa. Essa vida de fazer alguma massa e usar molho pronto não dura para sempre, mas tem sido uma maravilha, porque é fácil e bom) e fiz a prova do TOEFL, para saber a carga horária e o nível da turma de inglês que eu vou ficar (é obrigatório aqui na ECP, exceto para pessoas que têm inglês como lingua nativa).

Fiz uma péssima prova de compreensão oral, mais por desconcentração do que por falta de conhecimento, uma prova boa de gramática, apesar do pouco tempo (25 minutos para 40 questões) e uma prova excelente de compreensão escrita, que deu para terminar antes do tempo dado. Acho que vou conseguir pegar a carga horária mínima, mas não uma turma com o nível que eu gostaria. Meu inglês realmente enferrujou!

À noite, comi rápido e arrumei minhas coisas para o WEI (Fim de semana de integração da École). Descobri que ia no ônibus da AdR, que é o pessoal responsável pelo bar da faculdade. Logo vi que não era uma boa, pois eles são realmente uns babacas, mas é a vida.
Depois de horas de atraso, partimos rumo à uma cidade ao lado de Biarritz, no lado francês do país basco. Não lembro o nome, mas não é realmente conhecida.
A viagem de ida foi péssima. O ônibus era desconfortável, os caras eram mais babacas do que eu pensava (um deles, inclusive, me irritou até que eu quebrasse a vuvuzela que ele tinha e jogasse na cabeça dele, ameaçando-o de morte com as poucas palavras ruins de francês que eu conheço) e eram 11 horas de viagem.

Chegando no lugar, tive a péssima notícia que o sinal do celular era ruim e não tinha internet. Isolado do mundo, o que seria péssimo, porque minha excelentíssima namorada ia me matar. :)
Quando cheguei no bangalô (um trailer muito confortável de dois quartos, um banheiro, mini-cozinha e mini-sala), conheci o pessoal que ia dividir quarto comigo. Quatro franceses, alguns legais e outros não, e o Pedro, brasileiro.

Depois de muita luta para conseguir comunicação com o Brasil, relaxei, e fui para a praia. Praia! Quanto tempo. Nunca pensei que ia ter tanta saudade disso.
A água era gelada, não tinha cerveja gelada e as pessoas jogavam rugby, e não futebol, mas mesmo assim foi muito bom.
Fiquei lá até o por-do-sol, que, com a chegada do outono, vai começando a se aproximar do horário do Brasil.
Em seguida, houve um discurso do diretor e de algumas pessoas da école, e depois o jantar. Salada na entrada, carne de pato e batatas no prato principal e bolo basco de sobremesa (pequena piada interna: não confunda bolo basco com bolo de basca!).

Depois disso, me arrumei, bebi com os brasileiros, antes de ir para a festa, que tinha como tema Western. Não comprei fantasia, nem nada do tipo, pois só soube dos temas das festas de cada dia quando cheguei lá.
Havia uma limitação do número de cervejas por dia por pessoa, e só era permitido consumir alcool no bar do WEI, o que obviamente não foi respeitado por ninguém. Isso acontece porque cinco anos atrás um aluno morreu embreagado.
Os franceses estudam TANTO na preparação para as écoles (que é incrivelmente difícil), que entram na faculdade sem ter curtido nada da vida. Isso justifica as brincadeiras infantis, insanas e pederastas que eles tem entre eles.
A festa em si foi fraca, o que é normal em écoles de Engenharia, independente do país.

No dia seguinte, sábado, só dormi o dia todo. Estava bem cansado, e não tinham me colocado na atividade que eu queria (Karting), o que me fez desconfiar que deram prioridade na escolha para os franceses. Me colocaram no Bodyboarding, às 11:00, na água gelada. Lamentável. Preferi dormir, levantar para almoçar e voltar ao sono.
Quando anoiteceu, me arrumei, jantei e bebi (escondido, mais uma vez) com os brasileiros. Fui para a festa, que tinha como tema Walt Disney, e comecei a me indignar com a falta de qualidade dos dj's, que além de tocar com Mp3, invés de Wav, mixavam mal e porcamente e tocavam as mesmas músicas do dia anterior. Se quiser tocar o que rola no "mainstream", que toque, apesar de eu não gostar, mas faça isso decentemente.

No domingo, passei o dia na praia. Que maravilha! Sol o dia todo!
Descansei um pouco na volta, jantei, me arrumei, bebi (dessa vez menos escondido) e passei pouco tempo na festa (onde os homens tinham que se vestir de mulher, e as mulheres de homem). Os franceses tem hábitos pederastas, e isso não é normal no Brasil. Em uma festa assim, dá pra imaginar o que eu vi. Não tenho o menor preconceito com homossexuais, mas os heterossexuais brasileiros não adotam certas práticas comuns entre os franceses. Não vou me adaptar à isso nunca.

Segunda, acordei acabado, e tive que aguentar atrasos e mais atrasos da organização do WEI, além de problemas e mais problemas nos ônibus. Cheguei aqui 3 da manhã, de segunda para terça.

Começaram minhas aulas ontem, terça-feira, e devo dizer que o nível dos franceses me assustou. Não acho que vou ter problemas com "Analyse", que é a matéria de matemática que mais dá dor de cabeça aos brasileiros, porque eu já estudei boa parte no Brasil, mas é incrível que os engenheiros daqui vejam o que eu vi em cadeira do mestrado da Matemática no Brasil ("Medida e Integração"). Estou realmente preocupado com as cadeiras de física, pois nunca estudei tanto no Brasil, e provavelmente não vou ser dispensado de "Mecanique", que a maior parte dos brasileiros dispensa, e é uma disciplina difícil. Nesse momento, estou preparando um dossiê para ser dispensado de "Transfert Termique". Tomara que dê certo, pois é outra matéria difícil.
Enfim, como meu forte não é me estressar com os estudos, me resta estudar, o que eu já comecei a fazer hoje.
Hoje, quarta-feira, tive aula de exercícios de "Analyse". Peguei a turma avançada, e foi bem tranquilo, mas vou esperar para tomar conclusões seguras.

Acabou a moleza! Agora a correria vai começar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

10 dias e 10 noites.




8 dias sem postar nada no blog. Provavelmente vou omitir algumas coisas que aconteceram, mas a essência vai ser mantida. A falta de tempo e o cansaço são as principais razões da minha ausência.
O que importa é que, depois de 10 dias em Paris (mais especificamente, em Chatenay-Malabry, ao sul), eu já me sinto em casa. Agora sim uma cidade grande e caótica.

De novidades gerais, antes de falar sobre cada dia, destaco:

- Vou para a Oktoberfest, em Munich, dia 23 de Setembro, e volto dia 26. O que era sonho agora é realidade, e já tá pago. Vou de trem até Strasbourg, na fronteira com a Alemanha, e vou pegar um carro, que já tá alugado. É um Zafira, de 5+2 lugares. Dirigir nas autobans, aqueles estradas sem limite de velocidade, é um sonho. Antes que os familiares digam algo, já estou ciente que é necessário não beber pra fazer isso. Relaxem! É realmente fantástica a idéia de fazer as coisas que eu passei a vida toda vendo na midia. Que venha a Oktober!

- Vou amanhã, quinta-feira, para sabe-se lá onde. É o WEI (Weekend d'integration, o que dispensa traduções), que é um fim de semana com todos os alunos da École em alguma cidade, que é surpresa. Eles só dizem dentro do ônibus. Como eu sou um cara comunicativo e os veteranos franceses do meu andar ajudam a organizar, já me disseram o nome do lugar, mas esqueci. Só sei que fica no sul!

- Descobri que, entre as milhares (milhões?!) de coisas legais da école, que tem de tudo um pouco, eles tem equipamentos de mixagem decentes, e o clube da música eletrônica consegue verba pra comprar os equipamentos de produção. Será que esse live sai?

- Paris é muito linda. Em dez dias, conheci várias coisas, e percebo à cada dia que existem infinitas outras para conhecer. Fora que a cidade não para nunca. É incrível.

- O prestígio da ECP aqui é incrível. Não vou entrar em detalhes por enquanto, até porque não quero que soe como arrogância, mas estou bem de universidade.

Segue agora um resumo do meu dia-a-dia na última semana:

Na quarta-feira passada (uma semana atrás!), matei as aulas de francês durante o dia (o que, segundo pessoas que foram, foi uma boa decisão) e aguardei até o fim da tarde, quando fomos ao Champs de Mars, o parque em frente à Torre Eiffel.
Tirei infinitas fotos, fizemos um pique-nique com todos os estudantes estrangeiros da ECP e, no fim, fiquei quando os outros forão embora, e fui com italianos, espanhois e brasileiros para um "bar" em Saint-Michel, bairro bem localizado de Paris, que conta com inúmeros bares e abriga a catedral de Notre-Drame. Voltei e experimentei da famosa caminhada da estação (que pode ser a de Antony, ou de Croix-Berny) até a école.



Na quinta, acordei com batidas na porta. Tinha combinado de ir fazer compras no Auchan (um super-hiper-ultra-mega mercado) às 08:00. Palavra é palavra!
Comprei várias coisas necessárias pra sobreviver e economizar, como comida, produtos de limpeza, vinho, etc..
Na volta, passei na Decathlon, uma loja de materiais esportivos gigante e bizarramente barata. Se eu não me engano, tem no brasil. Comprei uma raquete de tênis de 10 euros e algumas bolinhas. Quando cheguei na école, joguei algumas horas de tênis, capotei, e acabei perdendo o jantar. Nesse meio tempo, resolvi usar a máquina de raspar o cabelo que eu comprei (já que cortar o cabelo aqui é caríssimo, e eu não fico mal com cabelo curto). O detalhe é que eu não pedi ajuda, e tentei fazer sozinho. No fim das contas, a única solução era raspar no zero. Era tão previsível que isso ia acontecer, que eu vou me abster de comentar sobre o assunto. Sorte que meu cabelo cresce muito rápido, e hoje já está "normal".
À noite, acordei apressado, bebi vinho com alguns brasileiros, fui para o andar de uns amigos aqui na residência fazer um apéro (pré-party em francês) e finalmente fui à MIX, uma boate de estrutura excelente em Montparnasse, que é gratuita para estrangeiros até meia-noite. A maior parte dos presentes era da école, mas foi bem legal. Imagino que, mais na frente, lote bastante, como muita gente já me disse. Voltei de ônibus. Essa é a maior vantagem do primeiro mundo: Segurança!

Na sexta, acordei bem tarde, e perdi o almoço. Nessas duas primeiras semanas de "férias" (minhas aulas começam segunda), tenho sido bem irresponsável, mas é justo.
Pela tarde, fui à Paris com uma guia do BdA (Bureau des Arts, que é a associação da école responsável por artes. Não é minha praia, mas é respeitável).
Fomos ao Pompidou, que é o museu de arte moderna, e acabamos não entrando, pois estavamos atrasados. Rolou uma "gincana", onde tinhamos que trocar uma laranja por qualquer coisa. Tentei trocar por um desenho e por um cachorro, mas nada feito. kkk
Em seguida, fomos à Saint-Michel, onde conheci a Notre-Dame, vi uma apresentação de uma fanfare (uma banda daquelas com instrumentos de sopro de metal) e fomos ao Louvre.
Chegando lá, não entramos, pois pensavamos que era pago (agora eu descobri que, para estudantes da ECP, quase nenhum ponto turístico é), e já era fim de tarde, mas vou reservar alguns dias inteiros para isso.




Fomos então (eu, os brasileiros, os chilenos e os austriacos) para o arco do triunfo, passando por vários parques e jardins. Eu já tinha ouvido falar que Paris era fantástica, mas não tinha noção do tanto. A cidade é FODA!
Passei em algumas lojas na Champs-Élysées, principal (ou não) avenida da cidade, e eis que vejo ninguém mais ninguém menos do que o excelentíssimo senhor presidente da França, Nicolas Sarkozy, passando no seu carro (pararam o trânsito para isso). Coincidência estranha!
Entre as várias lojas que eu entrei, a que me impressionou mais foi a Virgin. Se duvidar, era maior até do que a de Orlando, que eu já tinha ido. Na sessão de cd's brasileiros, tinham coisas raras de encontrar até no Brasil. Muito bom! Fiquei louco para comprar um álbum de fotos da família Corleone. Adoro "The Godfather".
Chegando no arco do triunfo, não pude subir, pois havia esquecido o passaporte, o que me impediria de entrar gratuitamente.
Voltei para casa, tomei umas cervejas e conversei um tempo com o pessoal do meu andar (que, por sinal, me aparenta cada vez mais ser muito gente boa) e dormi.




No sábado, acordei excessivamente tarde, cozinhei (lentilha e carne de porco, enlatados, obviamente) e não fiz nada de útil o dia inteiro.
Pela noite, fui com todos os estrangeiros para um jantar no Flames, um restaurante que tem um rodizio (bem fracassado, por sinal) de pizzas finas. Não gostei muito, mas de graça, até injeção na testa.
Depois de lá, dei uma volta com o pessoal, passei no Champs de Mars, pois era aniversário de um brasileiro que se formou na ECP agora, e voltei para casa.

No domingo, acordei, para variar, bem tarde, e não fiz nada de realmente útil o dia inteiro. Para ser sincero, pode até ser que tenha feito, mas não lembro. Os franceses do primeiro ano chegaram nesse dia.
Feliz um ano de namoro para mim e para a Lana. Foram tempos muito felizes, mas não mais do que serão daqui para a frente.
À noite, aconteceu a festa de recepção deles.
Era véspera do meu aniversário, e me deixava um pouco triste não ter meus amigos e minha família para comemorar. Eis que o mundo conspirou à favor, e foi muito bom.
Quando sai do meu quarto, as pessoas do meu andar estavam na "salinha", lugar onde se bebe, se conversa, se ouve música, se come.. enfim, onde as coisas acontecem.
Cantaram até parabéns, me embreagaram de N bebidas diferentes e conheci muita gente legal, que eu ainda não tinha visto. Foi realmente legal.
Desci para a festa, falei besteiras para quem quisesse ouvi, e me diverti fazendo barulho pelo bloco na volta com os franceses. Molecagem que não é bem vista fora de datas como essa, mas que valeu a pena.

Nessa noite, descobri que cai no andar do clube da música eletrônica. Outra coincidência estranha, mas bem legal. Tenho voltado a produzir, e descobri que os caras manjam alguma coisa. Quem sabe não sai um live, né? Pelo que eu tenho visto, os equipamentos por aqui não são tão caros.
Ainda esses dias sai "black dog", uma track que eu tenho feito faz alguns dias.

Na segunda, acordei destruido e não fiz nada de útil durante o dia.
À noite, fui com a Nattasha (a outra cearense que chegou esse ano), um austriaco e um espanhol para o Quick. Pena que eu escolhi o Quick errado, e nós andamos mais de 2km, com direito à chuva.
Na volta, vi por alguns minutos a banda que tocava na Neb, o abençoado bar da faculdade, que vende a cerveja "demi" (que significa "meio", ou 250ml, em termos de cerveja) por 1 euro, e voltei para o quarto.

Na terça, ontem, acordei tarde, almocei sozinho e fui fazer o teste de francês, para saber o nível da turma em que vou ficar. Isso mesmo, mesmo depois de 2 meses de curso intensivo, tenho aula de francês. Foda!
Passei a tarde toda produzindo a "black dog", que tá com uma pegada bem Goa. Quem não entender de música eletrônica não deve ter a minima noção do que seja isso, mas acreditem, tá ficando legal.
Esqueci de jantar, desci para tomar umas cervejas na Neb e voltei cedo para casa.

Hoje, quarta, resolvi burocracias da école, produzi um pouco, fui fazer compras em Anthony e aqui estou agora.
Na volta de Anthony, cortei caminho pelo cemitério. Eu sou bem cético, e convicto do meu agnosticismo, mas é sempre uma sensação engraçada. kkk

Já viajo amanhã para o WEI, e vou passar o dia resolvendo coisas.

A frequência das postagens vai aumentar novamente.
Meus últimos dias foram bem corridos, como se pode ver se você chegou até o fim do texto, e nos momentos livres que eu tive, não tive paciência de escrever.

Que venham os dois anos e meio de cidade-luz! Agora estou no meu lugar. :)